A síndrome de bexiga hiperativa é um conjunto de sintomas que têm origem numa perturbação do armazenamento de urina na bexiga: o músculo da parede da bexiga (detrusor) contrai-se mesmo quando esta contém um volume reduzido de urina.

O músculo da bexiga parece transmitir mensagens erradas ao cérebro, dando a sensação de que a bexiga está mais cheia do que realmente está. As contrações involuntárias diminuem o controlo que a pessoa tem sobre a bexiga e dão origem aos sintomas que caracterizam a síndrome de bexiga hiperativa, que incluem a necessidade urgente e frequente de urinar.

A bexiga hiperativa pode resultar de problemas no sistema nervoso ou ter outras causas. No entanto, em muitos casos, desconhece-se a causa exata da contração involuntária associada à bexiga hiperativa. Por este motivo, é particularmente difícil prevenir a síndrome de bexiga hiperativa. Estão, isso sim, identificados vários fatores de risco: quantos mais estiverem reunidos, maior a probabilidade de se vir a desenvolver síndrome de bexiga hiperativa.

Calcula-se que na Europa, 17% dos adultos acima dos 40 de idade possam sofrer de bexiga hiperativa. Esta é uma síndrome que afeta homens e mulheres de todas as idades e que pode ter um impacto significativo na qualidade de vida. Não é, portanto, invulgar. Se sofre de bexiga hiperativa, certamente não está só.

As pessoas que sofrem de bexiga hiperativa têm, normalmente, uma necessidade urgente de urinar, vão com frequência à casa de banho, mas conseguem chegar a tempo e não têm perdas urinárias. Contudo, para algumas pessoas a urgência pode ser difícil de controlar e a bexiga hiperativa poderá levar à perda involuntária de urina – é a chamada incontinência urinária de urgência.