A primeira recomendação das associações e fundações de cardiologia de todo o mundo é esta: praticar exercício entre 30 e 60 minutos quase todos os dias. Este hábito ajuda a preservar a saúde cardiovascular, controlando o colesterol e a hipertensão. Andar a pé é uma ótima forma de praticar atividade física, já que permite adaptar facilmente a duração e o ritmo e pode ser realizada em qualquer lado. No dia-a-dia, o seu bairro ou um parque perto de casa são quando basta para se mexer. Mas também pode aproveitar os fins-de-semana ou as férias para andar a pé enquanto parte à descoberta de alguns dos locais mais bonitos e emblemáticos do nosso país.

NORTE

Trilho de São Cristóvão do Douro

Percurso: Provesende – Pinhão
Dificuldade: Baixa
Duração: 1h30 a 2h00 (5 km)
Tipo de percurso: Linear

Para quem quer mergulhar no Douro vinhateiro, este percurso a pé é obrigatório. São cerca de cinco quilómetros sem grandes desníveis – e quase sempre a descer – que se fazem em menos de duas horas. O nível de condição física exigido é baixo, pelo que é um passeio que pode ser feito em família. Partindo do largo da igreja da aldeia vinícola de Provesende – que pode aproveitar para conhecer –, passando por São Cristóvão do Douro e terminando no Pinhão, este é um percurso para fazer com calma. Aprecie a vista rio e as vinhas e, se gostar, aproveite para tirar fotografias. O percurso está disponível para download no site da Câmara de Sabrosa.

Passadiços do Paiva

Percurso: Praia de Espiunca à praia de Areinho
Dificuldade: Média
Duração:  Cerca de 2h30 (+- 8 km)
Tipo de percurso: Linear

São cerca de oito quilómetros que ligam Espiunca ao Areinho, quase todos eles feitos através de estruturas suspensas no vale ao longo da margem esquerda do rio Paiva. O território integra o Geoparque de Arouca, reconhecido pela UNESCO como Património Geológico da Humanidade. O percurso pode ser feito nos dois sentidos, é necessário comprar bilhete (€1) e o horário de funcionamento dos passadiços é entre as 08h00 e as 20h00 de abril a setembro. Nos restantes meses encerra às 17h00. Só num sentido, o percurso demora cerca de 2h30 e proporciona vistas por paisagens intocadas e de beleza ímpar. Há dos dois lados do percurso táxis que o fazem por estrada para o outro lado.

 

CENTRO 

Rota das Invasões, Vila Velha de Rodão

Percurso: Partida e chegada a Vila Velha de Rodão
Dificuldade: Média – subidas acentuadas
Duração: Cerca de 3h00 (8 km)
Tipo de percurso: Circular

Classificadas desde 2005 como Monumento Natural, as Portas de Rodão são uma formação geológica criada por uma falha tectónica e pela erosão das águas do rio. A Rota das Invasões permite observar o rio. Passa no Castelo do Rei Vamba, na Tapada dos Pintos e na aldeia de Vilas Ruivas. É um percurso de dificuldade média, mas acessíveis mesmo a quem não tenha muita preparação física, embora exija cuidado na etapa final. O folheto do percurso está disponível no site da Câmara Municipal de Vila Velha de Rodão ou no posto de turismo local.

Tapada Nacional de Mafra, Mafra

Percurso: Azul – assinalado no local
Dificuldade: Baixa
Duração: Cerca de 1h30 (+- 4 km)
Tipo de percurso: Circular 

Com uma área de mais de 800 hectares, a Tapada Nacional de Mafra alberga diversas espécies animais e vegetais. Tem quatro percursos livres assinalados a cores diferentes – azul, verde, vermelho e amarelo –  consoante a duração, o grau de dificuldade e o declive. O percurso azul, o mais fácil, tem cerca de 4 quilómetros e é um percurso ribeirinho, de declive suave. Além da fauna existente em liberdade, os visitantes podem ver um cercado com veados. Para mais informações, consulte a página da Tapada Nacional de Mafra.

Rota Litoral do Guincho, Cascais

Percurso: Partida e chegada da Malveira da Serra
Dificuldade: Média – algum desnível
Tempo: Cerca de 3h30 (10 km)
Tipo de percurso: Circular

A caminhada desta pequena rota desenvolve-se na encosta sul da serra de Sintra. Percorre algumas aldeias e passa por pontos de interesse como Janas, as arribas de Sintra, Almoinhas Velhas e o Forte do Abano. É possível observar algumas espécies endémicas, como os matagais de sabina-da-praia, que têm um perfume característico. De dificuldade média, o percurso tem algum desnível. Para mais informações, consulte o site da Câmara Municipal de Cascais.

Pequena Rota das Quintas, Sintra

Percurso: Largo do Palácio da Vila – Largo Palácio da Vila
Dificuldade: Baixa
Duração: Cerca de 2h30 (+- 8 km)
Tipo de percurso: Circular

Em Sintra não faltam opções de percursos a pé com duração e níveis de dificuldade diferentes. A Pequena Rota das Quintas, de dificuldade baixa e com pouco desnível, é um dos que podem ser feitos por toda a família e proporcionam passagem por algumas das quintas mais bonitas e emblemáticas da vila. É o caso da Quinta da Regaleira, Quinta do Relógio, Quinta do Castanheiro, Quinta dos Alfinetes, Quinta de D. Amélia e Quinta dos Castanhais. Tem a vantagem de ser um percurso circular – começa e termina no mesmo sítio. O folheto desta pequena rota está disponível no posto de turismo ou para download através da página da Câmara Municipal de Sintra.

SUL

Sete Vales Suspensos, Lagoa, Algarve

Percurso: Praia de Vale Centianes à Praia da Marinha
Dificuldade: Média
Tempo: Cerca de 3h00 (6 km – só num sentido)
Tipo de percurso: Linear

O percurso dos Sete Vales Suspensos é, quase na totalidade, feito ao longo das arribas. Estas vão sendo interrompidas por linhas de água que desembocam acima do nível do mar, dando origem aos vales suspensos, que dão nome ao percurso. Este trilho passa pelo Cabo Carvoeiro, Praia do Carvalho e Praia de Benagil. O folheto do percurso está disponível no posto de turismo local ou no site walkingportugal.com.

  

Segurança | Ao andar a pé, adote os seguintes cuidados:

  • Evite andar a pé sozinho e, se optar por não ter companhia, vista-se com cores garridas.
  • Prefira sempre dias amenos, no outono ou primavera, para andar a pé. O ideal são dias sem chuva, mas também sem temperaturas muito altas.
  • Lembre-se de levar chapéu, calçado confortável, colocar protetor solar e levar sempre consigo água e comida em quantidade suficiente.
  • Apesar de quase todos os trilhos estarem bem assinalados, deve levar consigo um mapa do percurso para consultar em caso de dúvida. Pode pedir no posto de turismo local ou imprimir da Internet.
  • Leve telemóvel com bateria carregada para poder fazer chamadas em caso de necessidade.
  • Lembre-se que, se o trilho não for circular (começa e termina em locais diferentes), tem de pensar numa solução de transporte. Se quiser fazer o percurso de ida e volta, tenha em conta que duplica a distância e o tempo necessário.

 

URO/2017/0035/Ptbu, JAN19